Encontros, olhares, abraços, sorrisos, desencontros. Assim
é o efêmero ciclo vital. Basta apenas um aperto de mãos e uma troca de olhares
especiais pra que os vazios da solidão se preencham. Basta também que simples
olhares se separarem, para que os mesmos vazios tornem à sua essência. Nossa
passagem à esta transitória existência assemelha-se muito com a cadeia
alimentar, não referindo-me as relações de alimentação que os seres estabelecem
entre si, mas às interações dos pequenos detalhes que dão sentido a nossa vida.
Sim, os detalhes têm relações mutuas, e é essa reciprocidade de pequenos
eventos que constroem histórias espetaculares e inéditas.
Os encontros mais simples e esplendidos do dia não acontecem
por acaso, pelo menos assim eu acredito. Por trás do desprezível escondem-se
valores inestimáveis. Se uma folha ressequida é avistada num campo, o
observador de imediato saberá que assim se sucedeu por fatores da natureza. O
vento à derrubou da árvore, e em seguida, com o passar do tempo, envelheceu-se
e perdeu sua cor devido à perda de clorofila e fatores que à mantêm viva. Ao
observá-la atentamente, a realidade do fim da vida poderá irá invadir os pensamentos e
levar o observador a lembrar de que um dia tudo irá se esgotar. Para um belo
encontro, é preciso estar na hora certa e no momento certo, mas antes disso,
talvez seja necessário encontrar-se consigo mesmo, e encontrar um novo mundo e
treiná-lo para a dor do desencontro.
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