A vida de muita gente perde o sentido quando vem à tona a
brevidade da nossa existência. Muitas pessoas se questionam: “Por que a vida é
tão curta?”. Eu vejo essa questão da curtabilidade da vida de um jeito
diferente. Você já parou pra pensar que a vida dentro de você pode ser bem mais
longa que fora? Nem sempre uma vida farta de dias é sinônima de uma vida
produtiva e excelente. Há pessoas que vivem sob uma ansiedade tão grande que os
dias dentro de si correm como semanas. A pressa toma conta de seus corações e o
mundo a sua volta vai se fechando, sem pontes, sem portas, sem janelas, somente
muros de aço. Essas pessoas precisam acender velas na expectativa de dissipar a
escuridão de suas emoções, mas se dissipam, é por pouco tempo, afinal de
contas, o tempo é um atleta no mundo dos tais. Não têm brilho próprio. Por
outro lado, há pessoas que colocam no bolso o amanhã e preferem dançar a valsa
do presente. Não vivem sob a correria do mundo atual estressante. Não derramam
suas preocupações em cima de coisas fúteis. Antes preferem abraçar os grandes
valores da vida e carregá-las não no bolso, mas no coração. Não precisam de
velas, pois nelas residem brilhos que alumiam até a escuridão dos outros. Sendo
assim, a curtabilidade da vida é uma questão de escolha. O tempo pode ser um
corredor lá fora, mas aqui dentro eu tenho a capacidade de fazê-lo andar de
muletas. A vida é curta? Se pra você ela está sendo, trate de prolongá-la arrumando a bagunça dentro de si.
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