quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

As Estradas da Solidão.

Vou caminhando devagar, mas vou. À procura da outra parte do meu coração, sinto o frio dessa gélida noite triste que parece não ter fim. Também estás à procura da peça que precisas para formar o teu quebra-cabeça. E semelhantemente, caminhas numa estrada longa e deserta.  Nesta estrada em que estamos não consigo ouvir um barulho sequer que anuncie a presença de mais alguém. Não vejo faróis, nem passos. Não ouço suspiros e lamentos, a não ser os nossos. Meu bem, estamos em uma sombria estrada de mão dupla. De joelhos, peço para que essa nossa solidão se dissipe como neblina. Quem sabe, meu bem, a gente tropece um no outro por aí em outras estradas. Vamos seguindo nossos caminhos, e quem sabe a gente se invente e depois se reinvente. E quem sabe também, querida, a gente percorra outras estradas, porque essa não é o nosso lugar. É hora de percorrermos as estradas do coração. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Existem amores e amores.

Existem amores que fazem sofrer. Existem amores corruptos. Existem amores que agridem verbalmente e fisicamente. Que não conversam. Que não passam pelas quatro estações, ficam sempre no inverno. Existem amores sem fidelidade, acomodados. Existem amores que ficam pela metade. E existem amores que se respeitam, fazem rir, cantar, dançar, ser mais corajoso do que nunca. Existem amores que as pessoas se entregam. Existem amores que pega seu mundo e vira do avesso. Existem amores que se completam. Então, basta escolher, qual amor você quer?

- Ique Carvalho.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A thousand years - Tradução.

A tradução da canção A thousand years da Christina Perri tem encantando-me demasiadamente. Uma letra recheada de emoções com uma riqueza poética maravilhosa. Veja:

Mil anos

O coração acelerado
Cores e promessas
Como ser corajoso?
Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?
Mas ao ver você na solidão
Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira.

Um passo mais perto.

Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo.
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil.


O tempo fica parado
Há beleza em tudo que ela é
Terei coragem.
Não deixarei nada levar embora
O que está na minha frente
Cada suspiro
Cada momento trouxe a isso.


Um passo mais perto.


Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo.
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil


O tempo todo eu acreditei que te encontraria
O tempo trouxe o seu coração ao meu
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil.


Um passo mais perto.
Um passo mais perto.


Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo.
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil.


O tempo todo eu acreditei que te encontraria
O tempo trouxe o seu coração ao meu
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil.


domingo, 26 de janeiro de 2014

A Fotografia da vida

Você consegue preservar as imagens inesquecíveis do filme de seus momentos.
Você consegue congelar as emoções quando suas lágrimas desejam encontrar-se ao chão, mas preferem a prisão do seu olhar.
Você consegue romper o tempo e fugir do presente, entrando no mundo surreal das lembranças que não voam.
Você pode dar vida às imagens quando esquece que o passado não volta.
São apenas fotografias, simples fotografias. Mas você as ver como uma máquina do tempo.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Solidão para se encontrar.

A solidão é um espelho interior que é visto sob vários olhares. Há quem afirme que é um sentimento de abandono, outros, de carência. Há quem diga que se iguale à saudade, outros, à ausência de pessoas importantes. Há ainda quem ache que se trate de um vazio emocional do que não se sabe explicar. Talvez seja, eu não sei. No meio de todas essas definições, existe algo mais forte que me faz acreditar que realmente isso reflete em um sentimento de abandono, seja ele intencional ou não. Um abandono do nosso próprio "eu", do ser humano carente que nós somos. Quem sabe essa coisa que a chamam de solidão seja simplesmente a falta de encontro com a nossa essência.

sábado, 30 de novembro de 2013

Vai doer, mas vai passar


 Pensei que não fosse passar, aquela dor parecia infinita, andava nas ruas como se fosse apenas um saco de pele carregando alguns ossos, mas sem alma, olhar perdido, pensamento vago. Quando dava por mim, tinham lagrimas escorrendo pelos olhos, a dor no coração era tão grande que parecia real, parecia alguma dor física. Não tinha fome, não conseguia me concentrar em nada, parecia que minha vida tinha ido embora junto com ela. Não queria continuar acordado, mas quando dormia, sonhava, acordava muito bravo comigo mesmo, por ser tão fraco.
Resolvi sair, mas tudo a lembrava, cada detalhe tinha um significado com ela, olhava vários rostos, mas apenas o dela vinha à mente. Roupas, musicas, ou até meu travesseiro a lembrava, tudo tinha um significado, uma história, parecia que ia corroer para sempre. Nesse momento que a gente vê que não somos um só, mas sim uma metade, e quando a outra metade se vai, parece que fica a pior parte de nós.
Você se vê fazendo coisas que condenava, tenta mostrar para o mundo que está bem, que está nas baladas, que está com a mulherada que não está sofrendo, besteira! Todo mundo está vendo que você está sofrendo e está tentando se enganar, você enche a cara, pega o celular liga, manda mensagem, se rebaixa, se humilha, faz coisas que condenaria facilmente em outros.Mas o faz sem pensar, afinal, parece que apenas o pior de você que ficou.
Tenta arrumar espantalhos, isso, pessoas para tentar suprir a carência, encontra outras bocas, outros abraços, outros corpos, mas tudo te a lembra, ali não é você, é apenas um saco de peles com ossos dentro, saciando seu vazio com o nada.
Com o tempo vai passando, você começa a respirar, as coisas vão perdendo o sentido que tinham, você vai se desapegando das memórias, vai encontrando outras possibilidades, vai achando graça em outras piadas, e admirando outros sorrisos, conhecendo novos amigos, flertando com outras mulheres.Quando percebe parou de procurar saber sobre a vida dela, e se concentrando em arrumar a sua vida, tem vergonha do que fez durante esse processo, mas entende que foi preciso talvez.
E quando vê descobre que passou aquela dor, aquela falta de vida, aquele medo de não conseguir sobreviver sem a pessoa, de não conseguir fazer novos planos, ter novos sonhos, tudo isso se vai, a ferida vai cicatrizando, e você nem lembra mais dela, fica o carinho o respeito pela história, e o desejo que seja feliz.
E quando você vê está se encantando por outro sorriso, e pensa, puta merda de novo? Mas sabe, somos como crianças que estão aprendendo a andar de bicicleta, caímos algumas vezes, mas nem por isso paramos de tentar, e assim vamos, não é porque se machucou uma vez que vai deixar de se entregar a uma nova possibilidade, afinal uma hora a criança aprende andar de vez.
E quando você estiver sorrindo, com novos planos, novos sonhos, planos de viagens, conquista nova, você para e pensa, olha ai, e não é que passou mesmo, sorri e continua o caminho.
Uma vez disse: Não há criança de pé cansado que se prive de correr quando a sede toma o seu corpo em um caminho de pedras, avistando uma fonte de água limpa. Assim também não há coração tão machucado que não se apresse inocentemente a amar, quando encontra entre milhares, um despertar de sorriso.
Vão por mim, dói, mas passa.

George Huxcley.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Amor: tão objetivo, tão subjetivo.

(...) O que os aproximou? Vem de dentro. Não tem explicação. A paixão nasce de uma química interior, uma química que reconhece a mistura de cheiro, pele, ritmo, batimentos e reconhecimentos. As dessemelhanças, essas, somem do campo de visão. É a armadilha da paixão. O amor no meio disso? O amor é quando esses dois seres comuns que se descobrem num dia pequeno resolvem que desejam aquilo. Anseiam, até. Então eles trocam telefone, e-mail e todos esses trelêlês cibernéticos sociais, e passam a se buscar porque querem sentir o amor. Só que o amor não é coisa que se toca, nem se retém, nem se controla, nem se estabelece. Amor é como as estrelas do céu: se você as quer ver, todo santo dia você tem que olhar pro céu. O amor seria conseguir ver um céu naquele menino, ver um céu naquela menina, e seguir junto desbravando esse caminho de estrelas, sem medo de tempestades.  Lembram-se das dessemelhanças? São as chuvas, as tempestades, as não concordâncias, o breu de uma camada poluente que vai embaçando o olhar. Daí vai se perdendo o foco, desviando o olhar. Você não quer ver o cinza, você quer o esplendor do azul, quer o céu e tudo que o outro te mostra nesse ponto, são as nuvens. Conseguiram ver a beleza das nuvens? Uns sim, outros, não. Tá tudo certo! Todo mundo quer o céu azul de estrelas brilhando por dentro. A paixão revela. O amor é quando há resistência. Fé, esperança, teimosia, determinação, é quando duas pessoas decidem que é por aquela janela que o céu é mais bonito. É naquele azul que se quer mergulhar. O amor é o céu que se vê no outro, é o azul que a gente nunca cansa de buscar, é a certeza de que as estrelas sempre estarão lá nem que chova canivete.

- Blog Texto Desafinado.