quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Amor: tão objetivo, tão subjetivo.

(...) O que os aproximou? Vem de dentro. Não tem explicação. A paixão nasce de uma química interior, uma química que reconhece a mistura de cheiro, pele, ritmo, batimentos e reconhecimentos. As dessemelhanças, essas, somem do campo de visão. É a armadilha da paixão. O amor no meio disso? O amor é quando esses dois seres comuns que se descobrem num dia pequeno resolvem que desejam aquilo. Anseiam, até. Então eles trocam telefone, e-mail e todos esses trelêlês cibernéticos sociais, e passam a se buscar porque querem sentir o amor. Só que o amor não é coisa que se toca, nem se retém, nem se controla, nem se estabelece. Amor é como as estrelas do céu: se você as quer ver, todo santo dia você tem que olhar pro céu. O amor seria conseguir ver um céu naquele menino, ver um céu naquela menina, e seguir junto desbravando esse caminho de estrelas, sem medo de tempestades.  Lembram-se das dessemelhanças? São as chuvas, as tempestades, as não concordâncias, o breu de uma camada poluente que vai embaçando o olhar. Daí vai se perdendo o foco, desviando o olhar. Você não quer ver o cinza, você quer o esplendor do azul, quer o céu e tudo que o outro te mostra nesse ponto, são as nuvens. Conseguiram ver a beleza das nuvens? Uns sim, outros, não. Tá tudo certo! Todo mundo quer o céu azul de estrelas brilhando por dentro. A paixão revela. O amor é quando há resistência. Fé, esperança, teimosia, determinação, é quando duas pessoas decidem que é por aquela janela que o céu é mais bonito. É naquele azul que se quer mergulhar. O amor é o céu que se vê no outro, é o azul que a gente nunca cansa de buscar, é a certeza de que as estrelas sempre estarão lá nem que chova canivete.

- Blog Texto Desafinado.

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